Cada Povo Diz Obrigado de um Modo Diferente. Mas, na Aldeia Wakonã Xukuru-Kariri, Soou Mais Bonito.
Antes de existir a cidade de Palmeira dos Índios, havia palmeiras e índios. Os primeiros habitantes do Brasil não se chamavam brasileiros. Eram guaranis, ticunas, xavantes, ianomâmis, pataxós, potiguaras, caetés, fulni-ôs, pancararus, waconãs, xukurus e kariris. Apenas pra citar alguns dos mais de 5 milhões de nativos que viviam por aqui. Olha que coincidência, a mesma quantidade de gente que já pôde vivenciar o projeto de cinema que mais passeia pelo interior do País. Pessoas de todas as cores, crenças, gêneros, idades e classes sociais. 722 municípios alcançados. Um deles: Palmeira dos Índios. Em nossa última passagem por lá, levamos os Wakonã Xukurus-Kariris para as sessões. Eles nos deram a honra de pisarem nosso tapete vermelho e abençoar nossas sessões. Receberam homenagens e projetaram na grande tela o documentário sobre sua cultura. Ficaram tão contentes, mas tão contentes, que, como forma de agradecimento, nos convidaram para visitar a aldeia Mãe-Indígena Serra do Capela. Solo sagrado onde só é possível entrar com autorização. Lá, nos receberam com lindas vestimentas e coloridos adornos. De casas, ocas e sorrisos abertos, manifestaram suas raízes. Fizeram o ritual de purificação com seus cachimbos. Por fim, despediram-se dançando o Toré, cerimonial ritualístico milenar também conhecido como dança da chuva. Gentilmente, apenas depois que o nosso projeto ao ar livre acabou. E os 5.100 palmeirenses já tinham assistido aos filmes tranquilamente. Sob o céu estrelado. Só não tão brilhante quanto aquele que os índios testemunharam antes do primeiro homem branco chegar.
Curadoria do Projeto: Lina Rosa Vieira, nossa Diretora de Criação.
Fotografias: Chico Barros
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