Bonecos do Mundo encanta os recifenses
O que uma multidão estaria fazendo na Praça da República no sexto dia da semana? Uma revolução ou assistindo a teatro de marionetes? As duas coisas. Gente, arte e espaço público é uma combinação deliciosamente revolucionária. Assim foi o último dia do Festival Bonecos do Mundo no Teatro de Santa Isabel. Duas sessões lotadas por dentro. Gente, gente e mais gente do lado de fora. Bonito, bonito e mais bonito. Os espetáculos da noite: Pequenos Contos (Cia. Hugo & Ines) e Pe Quo Deux. Este último, da companhia Pequod, do Rio de Janeiro. Nele, cinco coreógrafos respeitados interpretaram as propostas do escritor italiano Italo Calvino através de títeres-bailarinos. Sim, bonecos para gente grande. Temática adulta abordada de um jeito bem contemporâneo. Ahhhh, como a gente adoraria que o Seu Calvino pudesse ver!
Campo das Princesas, teatro com nome de princesa, mas a nobreza estava mesmo na plateia. Milhares de pernambucanas e pernambucanos de todas as classes sociais, cores e gêneros juntos. Com o sentimento de pertencer ao seu lugar. E que lugar. Nas três noites em que o projeto ocupou o patrimônio, foram cerca de 4.600 pessoas encantadas.
Ao final de cada sessão, o grito longo dos aplausos. Mãos têm voz, viu? O que elas disseram? Tudo que o coração dos espectadores quis expressar. Ao mesmo tempo, o baobá gigante da Praça testemunhava tudinho. Seus galhos e folhas balançavam como se estivessem no mês de agosto. Cada um tem seu jeito próprio de aplaudir.
Idealização do Festival Bonecos do Mundo: Lina Rosa, nossa diretora de Criação.
Fotografias: Beto Figueiroa.
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