Tem gente que diz que momentos felizes se contam nos dedos.
Para a Aliança Comunicação e Cultura e o SESI Bonecos do Mundo, são muitos dedos. Dez dedos das mãos talentosas de cada marionetista, de 4 continentes, que se apresentou no Festival. Dez dedos das mãos de cada pessoa, das mais de 3 milhões, que aplaudiu os espetáculos. Dez dedos das mãos de cada aluno que fez história nas oficinas do Bonecos do Mundo. Dez dedos das mãos de cada trabalhador que levantou estruturas monumentais para permitir a concretização do sonho. Dez dedos das mãos de cada jornalista que interpretou o sonho nos mais importantes jornais, em todas as capitais do Brasil.
Em 2014, as duas mãos que dão vida aos bonecos ganharam um significado a mais. Dez anos do Sesi Bonecos do Mundo. Para celebrar, a Aliança Comunicação e Cultura idealizou a ocupação dos espaços públicos pela arte e pelo público. Em novembro de 2014, em Belém, São Luís e Teresina. Espetáculos de 9 países e de 10 estados brasileiros. 102 apresentações teatrais e performances. Intervenções cenográficas interativas. Exposição de títeres Observatório Bonecos do Brasil 10 Anos. Edição especial do livro-arte da primeira década, escrito por Sidney Rocha com textos inéditos de Xico Sá, Marcelino Freire, Ignácio Loyola Brandão, Mário Hélio, José Eduardo Agualusa, Valter Hugo Mãe… Um intercâmbio intercontinental de linguagens. Preparado com a delicadeza das coisas feitas a mão.
Que cada palma da mão tem um M, a Aliança Comunicação sabe desde pequenininha. Mas foi no SESI Bonecos do Mundo que aprendemos: um M é de Marionetista, o outro é de Marionete. E, se você me der só mais um dedinho de prosa, gostaríamos de agradecer àqueles que mais nos emocionaram nestes dez anos de epopeia: Zé de Vina, Zé Lopes, Chico de Daniel (em memória), Saúba e Tonho de Pombos. Nossos mestres tradicionais mamulengueiros.
Em 2016, vamos para a 11ª edição. Em Belo Horizonte e Goiania.
O Projeto SESI Bonecos do Mundo
Talvez você tenha lembrança da bailarina da caixinha de música. Presa à engrenagem cristalizada, a boneca roda, roda, roda. Sem jamais sair do lugar. Mas se, um dia, a bailarina pudesse fugir desse ciclo de repetição? Se ela pudesse trocar o movimento de dar corda na engrenagem pelas cordas de um marionetista libertário? E se, em vez de rodar na caixinha, ela fosse rodar por todo o Brasil? Pois é mais ou menos isso que acontece no Bonecos do Mundo, projeto idealizado pela Aliança Comunicação e Cultura.
Desde 2004, o festival propõe abrir espaços cada vez maiores para o Teatro de Bonecos. Livres do condicionamento das pequenas salas, marionetes de dezesseis países já rodaram por todas as capitais do País. Foram aplaudidas por mais de 2 milhões e 150 mil pessoas. Recorde mundial de público em teatro de formas animadas. O maior festival de marionetes do Brasil. Maior não por mania de grandeza, mas por ainda serem enormes as necessidades de inclusão cultural.
Um intercâmbio intercontinental de linguagens que envolve teatro, cinema, fotografia, literatura, artes plásticas, artesanato e música. Cenografia interativa para a plateia virar marionetista. Caixa fotográfica para a plateia virar boneco. Espetáculos inéditos e de excelência para a plateia virar plateia feliz. E se, mesmo com tantas possibilidades, a tal bailarina sentisse saudade da música da caixinha? Bastava ouvir os mestres mamulengueiros. Com zabumba, o triângulo e a sanfona deles, a tristeza passava rapidinho.
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Documentário do projeto de 2012: https://www.youtube.com/watch?v=zdp5Xr7QD5I